Parque Vicentina Aranha
Parque Vicentina Aranha fica aberto das 6h às 20h
O Parque Vicentina Aranha está agora com os portões abertos entre 6h e 20h. A abertura do parque para a população joseense aconteceu no último dia 27, às11h. O evento foi um dos destaques da programação de 240 anos da cidade e contou com bela apresentação da Orquestra Sinfônica de São José dos Campos. Excepcionalmente no dia 27, a capela Sagrado Coração de Jesus foi aberta para visitação. Por enquanto, apenas a área dos jardins poderá ser percorrida até que os prédios sejam restaurados, após elaboração de um plano diretor simplificado de ocupação.
A compra do Vicentina Aranha pela Prefeitura foi uma conquista para toda a população, que te um patrimônio histórico rico em cultura, arquitetura e memórias sob seus cuidados, além de ampla e diversificada área verde no meio da cidade.
Abaixo, acompanhe todas as etapas do processo de compra e manutenção do parque, até estar pronto para a abertura, no dia 27 de julho.
Compra – Em dezembro de 2006, a Prefeitura de São José dos Campos assinou a desapropriação amigável do “Sanatório Vicentina Aranha”, de propriedade da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Depois de muitas negociações, Prefeitura e Santa Casa acordaram o valor da desapropriação em R$ 22 milhões para uma área de 84.645,61 m².
Criação de comissão – Após a compra do complexo foi nomeada uma comissão especial, para coordenar os trabalhos de utilização e finalizada do antigo sanatório. O relatório da comissão, com base em sugestões apresentadas por meio de consulta pública e pela internet, o Parque Vicentina Aranha deve funcionar como um centro integrado de cultura, com atividades de recreação, lazer, educação, cultura e arte.
Limpeza – Após a compra, a Prefeitura iniciou a limpeza da área. Foi feita capina, roçada e a retirada do entulho. Os jardins passaram por limpeza fitossanitária (uso de fungicida e outros produtos em prol da saúde de toda área verde do parque).
Muro – O muro que cercava o Vicentina Aranha foi substituído por grade vazada e a calçada refeita com blocos intertravados com uma faixa de grama baixa em toda extensão. Ao todo foram 900 metros lineares de obra. Todo conjunto de prédios foi protegido por uma cerca, para que as pessoas possam visualiza-los e garantir o isolamento até que sejam reformados e restaurados.
Iluminação – Em junho, a Prefeitura iniciou a implantação de 127 luminárias em cerca de 2.500 metros lineares de passeio no interior do Parque Vicentina Aranha.
Sobre o complexo – A área total é de 84.500 m², sendo que 11.080,83 m² são de área construída. O complexo é integrado por seis pavilhões – pavilhão central, pavilhão São João, São José, Marina Crespi, Alfredo Galvão e Paulista – além de outros prédios. A capela Sagrado Coração de Jesus, recebeu pintura e estará aberta a visitação no aniversário da cidade.
História – O Sanatório Vicentina Aranha, foi inaugurado em 27 de abril de 1924, sendo o primeiro da fase sanatorial a ser construído na cidade. O projeto é do arquiteto Ramos de Azevedo e as obras foram executadas pelo engenheiro Augusto de Toledo. Em 1980, por decisão da Santa Casa de São Paulo, passou a abrigar um hospital geriátrico, fechado em 2003. Em 1996 foi preservado pelo Comphac (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural) e, em 2001, tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). Em 2004, foram encerradas as atividades no complexo.
Valor histórico – O Vicentina Aranha é reconhecido pelo seu valor histórico, cultural, arquitetônico e paisagístico, protegido como patrimônio histórico pelo Comphac, Condephaat e está em processo de tombamento pelo Ipham (Instituto do Patrimônio Histórico e Ambiental).
Curiosidade – Com a retirada do muro das avenidas São João, Nove de Julho e da rua Prudente Meireles de Moraes, foram verificados mais de 40 tipos de tijolos, entre formatos e tipo de fabricação, utilizados ao longo da trajetória do Vicentina Aranha. Os cerca de 40 mil tijolos que já foram retirados para substituição do muro por gradil, poderão ser reaproveitados e estão sendo cuidadosamente guardados para, se necessário, serem utilizados na restauração dos prédios do complexo. Como toda a construção, os tijolos guardam valor histórico e cultural, pois datam de uma época onde as peças eram feitas artesanalmente.
Fonte: http://www.sjc.sp.gov.br/spu/vicentina_aranha.asp